Fim do campeonato mineiro e a polêmica ainda continua. Não digo quanto ao campeão, pois, insdiscutivelmente o Cruzeiro é o legítimo, mas um assunto abordado pelos órgãos de imprensa e até pelo técnico Cuca, é a questão da arbitragem.
Nos últimos anos a arbitragem mineira é alvo de várias polêmicas. Muitos erros prejudicando/favorecendo time A ou B. Sendo assim, ficou acordado desde o início do campeonato mineiro desse ano que as arbitragens seriam feitas por árbitros de fora do estado.
Erros de arbitragens sempre acontecem, como aconteceu nos últimos anos do campeonato, mas o principal problema é que começaram a criar um circo no futebol mineiro devido a isso, principalmente pelo lado do Atlético, onde descaradamente transferiam seus maus resultados para a arbitragem.
Árbitros vetados, bate boca o tempo todo na imprensa e tudo que se possa imaginar. Teve momento que o presidente do Atlético, na época, Ricardo Guimarães entrou ao vivo na programação na Globo, reclamando do jogo entre Cruzeiro e Villa Nova. Isso é apenas um exemplo, mas tiveram muitos outros.
Só que nesse campeonato em síntese, a arbitragem foi boa. Poucos erros. Dentro do aceitável, na imensa maioria das partidas, como muitos reconheceram. Mas o fator importantíssimo, e que não estou vendo ninguém comentar, é que na hora da decisão, a arbitragem falhou nesse campeonato mineiro.
No primeiro clássico entre Cruzeiro e Atlético, o árbitro da partida marcou um pênalti que só ele viu. Nem a TV conseguiu mostrar e ninguém teve plena certeza do acontecido, principalmente em um lance típico do futebol, pois caso mantesse o critério, todo cruzamento teria que ser marcado uma penalidade.
Nesse mesmo jogo, houve um pênalti a favor do Cruzeiro não marcado, onde Róger é puxado claramente dentro da área e na frente do árbitro, que se acovardou e mandou o jogo continuar.
Em um outro jogo, destaco o lance no clássico entre América e Atlético, onde mais uma vez o Atlético de beneficiou de um pênalti marcado. Dessa vez, opinião unânime. Não influenciou no resultado porquê não foi convertido, mas se assim tivesse, traria problemas para o América.
Outros pênaltis foram marcados a favor do Atlético. Uns claros como foi no jogo contra o Guarani e outros duvidosos como foi no jogo contra o Funorte, mas considero dentro da média, pois aconteceram também com outras equipes, inclusive com o Cruzeiro no primeiro jogo, mas o que pesa mesmo, é na hora da decisão e os árbitros não foram bem.
Porquê não foram bem? Mal intencionados? Baixa qualidade técnica? Não acredito em nenhuma dessa hipóteses. Acontece é que eles têm medo de errar contra o Atlético, pois sabem que serão muito mais cobrados, barrados, colocando em risco suas carreiras. Da mesma forma que acontece em nível nacional, pois na dúvida, sempre Flamengo, Corinthians e clubes do Rio e de São Paulo são beneficiados. Na dúvida são para eles e aqui em Minas Gerais, na dúvida é pro Atlético, principalmente nas decisões.
O que não entendo nessa história é a posição do Cruzeiro. Tudo bem que vetaram o árbitro Cleisson Veloso do primeiro clássico, mas ainda sim estão deixando a desejar. Como aceitar que Héber Roberto Lopes participar do sorteio para apitar a final? E o assistente que bandeirou a final? Roberto Braatz??? Não é aquele que prejudicou e muito o Cruzeiro no jogo contra o Corinhians?
Erros acontecem na arbitragem, mas se pudermos evitá-los ao máximo, temos que fazer. Por essas e por outras que é sou a favor de arbitragem de fora do estado em clássicos no campeonato mineiro e quanto a jogos decisivos do campeonato brasileiro, arbitragem de fora do país.
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