Quase 10 anos sem ganhar um título expressivo. Querendo ou não, essa é a situação do Cruzeiro. Quando lembramos da última vez que o maior de minas ganhou um título expressivo, um jogador vem em mente. Alex. O maestro da tríplice coroa. Um dos principais personagens daquele ano mágico de 2003. Um ídolo que saiu pela porta da frente e deixou saudade, além de esperança de retorno. Nesse momento, resta a saudade porque o retorno, não irá mais acontecer, se é que isso poderia acontecer fora da cabeça do torcedor cruzeirense. Alex não voltará a jogar no Cruzeiro, simplesmente, porque ele não quis.
Após a sua saída do Cruzeiro para o Fenerbahçe da Turquia após a Libertadores de 2004, em uma eliminação precoce nos pênaltis, inclusive com Alex perdendo uma cobrança, a torcida do Cruzeiro sempre sonhou com a volta do maestro da tríplice coroa, exigindo sua volta sempre que possível. Alex sempre teve uma ótima relação extra-clube com a torcida do Cruzeiro. Sempre esteve antenado às notícias e tudo relacionado ao clube, além de uma ótima relação nas redes sociais. Mas isso não foi suficiente para que escolhesse voltar ao clube que o resgatou para o futebol.
Ele esteve na Turquia durante oito anos e lá, foi ídolo. Saiu pela porta dos fundos por desavenças com o atual técnico, abrindo portas para a sua volta ao Brasil. O Cruzeiro ofereceu uma boa proposta para o jogador, que logo emendou uma contra-proposta prontamente aceita pelo clube. Mas o acordo não aconteceu. Alegando escolha da família, Alex decidiu fechar contrato de dois anos com o Coritiba, time de seu coração, cujo prometera voltar um dia.
A maior insatisfação desse que vos escreve é que essa 'desculpa' não cola mais. Essa história de jogar em tal cidade para ficar próximo da família é ridícula. Hoje em dia - principalmente com o dinheiro que os jogadores possuem - o transporte entre as principais cidades é muito rápido. Dependendo do dia, leva-se muito mais tempo de um bairro para o outro em capitais do que um vôo inter-estadual. Isso é desculpa para não falar a verdade.
E mais: carreira de jogador de futebol é curta e Alex já está encerrando a sua. Está com 35 pra 36 anos. Poderia muito bem ter fechado um contrato com o Cruzeiro por dois anos, para depois encerrar a sua carreira em seu clube de coração. O que será da carreira do jogador após dois anos? Viverá em Curitiba o resto da vida curtindo aposentadoria? Difícil de acreditar.
Ele deve ter esquecido que no meio da temporada de 2002, estava sem clube, treinando a parte no Curitiba e o Cruzeiro, com o aval do Luxemburgo. o resgatou para o futebol. Nem o Coritiba o queria na época.
O principal motivo é financeiro, lógico. Não sabemos as bases contratuais atuais mas, claro que o Coritiba ofereceu uma proposta salarial maior e ele não quis entrar em leilão. A família influi sim, mas entende a vida do jogador. Ficaram 8 anos sem Alex, jogando bem mais longe, na Turquia e não poderiam aceitá-no no Cruzeiro? A 50 minutos de Curitiba? Vai enganar outro.
Por fim, apesar de tudo, nós torcedores do Cruzeiro sabemos agradecer um ídolo. Independente da financeira escolha, Alex está marcado em nossos corações como ídolo eterno, mas também será marcado pela ingratidão imposta, provando mais uma vez que no Futebol, o dinheiro vem em primeiro lugar.
Se o Alex não quis o Cruzeiro, azar o do Alex.
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