É amigo... haja coração, mesmo! Clássico é clássico e vice e versa, diria o poeta do futebol. Parece clichê, mas é verdade, e essa difícil vitória conseguida frente ao Uruguai diz tudo.
Não foi uma grande partida para a seleção brasileira mas foi uma grande vitória. O Brasil não jogou o que vinha jogando, principalmente nos minutos iniciais quando vinha massacrando os adversários. A seleção entrou morna, insossa, deixando o Uruguai dominar as ações da partida. Os adversários vieram como queriam, com muita marcação e forçando um gol em bola parada ou lance casual.
Foi o que quase aconteceu, quando o juiz assinalou bem um pênalti contra o Brasil, em mais uma jogada bisonha de Davi Luiz, aquele que não engulo de maneira alguma na titularidade da seleção. Mesmo sendo cruzeirense, considero que Réver deveria ser o titular, mas infelizmente é a última opção de Felipão. Por grande mérito de Júlio César, nosso goleiro fez uma grande defesa e manteve o placar em igualdade.
Jogo duríssimo, com poucas chances de gol. O Brasil só chutou a gol com quase 30 minutos de jogo, mas sem perigo. Quando achávamos (1) que iríamos para o intervalo com um 0 a 0, surge Fred, sempre ele, numa excelente jogada de Neymar que não resultou em gol, mas Fred oportunista marcou meio de canela mas marcou. Ele que entrou em jogo imbuído por estar jogando literalmente em casa e não podia sair sem deixar o dele.
Quando achávamos (2) que o gol traria tranquilidade e abriria a "porteira" do Uruguai, mas uma vez a zaga age bisonhamente mas dessa vez com Thiago Silva, ele que vinha bem em todos os jogos foi infeliz ao tentar sair jogando, entregando o gol de empate da partida.
Esse sim foi um gol que mais uma vez enervou todos os envolvidos - jogadores, torcida, imprensa... O time do Uruguai é bom sim, tem grande marcação e um trio de ataque perigosíssimo. A todo momento temíamos pelo gol da celeste. Felipão demorou pra mexer e quando mexeu, mexeu mal tecnicamente. Explico: sua mexida trouxe a torcida mais uma vez para o campo ao substituir Hulck (apagadíssimo mais uma vez) por Bernad. A melhor opção seria Lucas, mas Felipão arriscou e obteve sucesso. Queria a ajuda da torcida e conseguiu. Bernard não complicou nem ajudou muito, mas a torcida sim. A outra substituição foi ótima, Hernane acalmou o meio de campo quando mais uma vez entrou para a saída de Oscar.
A seleção está indo bem, mas as presenças de Oscar e Hulck no time titular estão cada vez mais injustificáveis.
Quando achávamos (3) que viria a prorrogação, vem o gol salvador do salvador... Paulinho. Um ótimo jogador, irredundante dizer, mas que estrela ele tem. Pegamos os uruguaios com o mesmo veneno. Bola parada bem batida por Neymar na cabeça de Paulinho, e... beijo para os uruguaios.
Que venha a Espanha. Independente se vier o título ou não, temos uma seleção que deverá fazer bonito na próxima copa, mantendo essa base, essa excelente dobradinha Felipão/Parreira, e com poucos ajustes. Isso é o mais importante. Começamos a ter orgulho de nossa seleção depois de muitos anos. Como essa sintonia, será difícil nos vencer.
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