Estamos vivendo um momento histórico no país. As pessoas decidiram sair às ruas e estão exigindo os seus direitos. Tudo começou quando São Paulo decidiu lutar contra o aumento de 20 centavos na passagem de ônibus, mas o movimento se tornou muito maior do que isso. A todo momento pregávamos: "Não é por 20 centavos. Não é por 20 centavos..." Mas não é o que pensava o "Movimento Passe Livre", responsável por iniciar as manifestações. São Paulo conseguiu a redução da passagem e o "Movimento" simplesmente declarou que não iria mais se manifestar, protestar, por ter seu objetivo atendido.
Então eles lutaram apenas pelos 20 centavos, lamentável, dando certa razão à Arnaldo Jabor. Eles receberam um grande apoio de gente que lutava para muito mais além disso e agora deixam eles na mão, alegando "dever cumprido", "violência nas manifestações", entre outras coisas pífias.
O recuo é injustificável sendo que milhões ainda estão nas ruas.
O recuo é injustificável sendo que milhões ainda estão nas ruas.
A decisão soa oportunista. Parece que quiseram chamar a atenção para o "Movimento", dando a apenas eles os créditos da redução. Sem a população que os apoiaram, não conseguiriam nada, população essa que continua lutando por outros direitos e eles cruzando os braços. O mínimo que deveriam fazer era continuar o apoio, continuar as manifestações para que ajudem o povo brasileiro a obter sucesso em suas revindicações, que também são suas, óbvio, mesmo que o objetivo inicial não era esse.
Suspeitei que o movimento em São Paulo iria enfraquecer após a passagem voltar a três reais, mas a voz da população dizia o contrário: ainda faltam isso, isso, isso, isso e isso. Pois bem. Infelizmente a decisão medíocre, covarde e oportunista do "Movimento Passe Livre" disse o contrário e se satisfizeram com os míseros 20 centavos.
PS: Após o "Movimento" decidir parar com as manifestações, soltaram nota de que voltaram atrás e vão continuar apoiando, fato que tem dois lados: conseguiram chamar a atenção, vangloriar da redução ao chamar a imprensa e agora, talvez, resolveram agir pensando no melhor para o país e não apenas em seu próprio umbigo.
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