O amor é lindo, mas não é, nem de longe, o sentimento mais importante em uma relação.
Claro, é muito bom amar e ser amado, mas se não existir outros sentimentos incluídos, equiparados, esse sentimento, diga-se o mais gostoso entre todos, vai por água abaixo.
Uma relação duradoura, pacífica, tem que ter outros sentimentos que possa sustentar o amor, pois o amor não move montanhas como dizem. O certo, como dizem, é que o amor é cego, e faz com que tudo seja jogado para debaixo do tapete, fazendo com que cresça uma montanha de sujeira, chegando a um ponto insustentável, impossível de ser limpado.
Amizade, cumplicidade, companheirismo, respeito, compatibilidade de ideias... São aspectos que se não existir em uma relação, não há amor que segure. Paixão, desejo, são estopins para acender a chama do amor, mas os primeiros sentimentos citados são, indubitavelmente, responsáveis por mantê-lo.
"Para o amor, vale tudo." Só que não. O amor faz com que repensemos a relação, muitas vezes ele nos leva para uma decisão equivocada, para um sonho, que ele possa vencer todos os empecilhos cotidianos. É uma tentativa válida, mesmo decidida repetidamente, mas o cultivo tem que ser nos sentimentos tidos como "menores", mas que sem eles o amor não passa de apenas uma ilusão.
Razão. Essa sim deve ser respeitada. É o ato de pensar, colocar os sentimentos na balança, avaliar se o amor vale a pena ou não; se vale lutar por um amor mesmo com tudo indo contra, com todos os sentimentos em conflito. A ombridade de aceitar que mesmo "amando" a relação não vale a pena, é um ato digno e responsável, porque esse amor, lindo, soa apenas com um sentimento que irá denegrir os envolvidos, fazendo com que ele não tenha nada de lindo. É a maior conquista de um ser, dizem, mas o amor, apenas, é irrelevante.
Agir com a razão, doa a quem doer, pois a dor passa, e o amor também.
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Abraço!