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Cruzeiro x Atlético: "Futebol e merecimento, nada a ver"


É provavelmente o único esporte que podemos dizer isso. Não importa se o time é superior; não importa se jogou melhor; não importa se teve mais chances de gol. O que importa, mesmo, indubitavelmente, é a bola entrar na "casinha". 

Apesar do pleonasmo, é importante dizer o óbvio além do óbvio, pois o que mais escutamos no futebol, principalmente após jogos emocionantes, clássicos, enfim, são comentaristas tentando desvalorizar alguma vitória, ou justificar alguma derrota dizendo: "A derrota não foi merecida". Esse comentário deveria ser banido da imprensa, principalmente proferida pela lado "bairrista" da classe. 

Um grande exemplo ocorreu no último fim de semana, na derrota do Cruzeiro para o Atlético-MG, dentro do Mineirão. O time celeste era o grande favorito (fato totalmente irrelevante, mas era), não tinha perdido no estádio no ano, mas não tinha ainda ganhado do rival na temporada. Outro fato que não cabe, pois em quatro jogos entre eles houveram 3 empates e uma vitória do Atlético, mas detalhe: 3 empates, mas que deram ao Cruzeiro o título do campeonato mineiro, e a derrota mencionada veio no campeonato brasileiro, quando o time celeste jogava com o seu time reserva e foi claramente prejudicado pela arbitragem. 

Foram para a partida, e desde o inicio o time celeste sobrou no jogo, chegando a ter quase 70% de posse de bola, com chances claras para marcar, domínio amplo. Pra melhorar ainda mais as coisas para o lado azul, o time do Atlético veio com um esquema tático suicida, com apenas um volante, e uma goleada já se desenhava logo no primeiro tempo. Mas a bola, o mais importante, teimava em não entrar.

Levir Culpi, "assumido" "Burro com sorte", tem mais uma história pra contar. 

O fato é que no primeiro tempo o Cruzeiro já poderia ter feito no mínimo três ou quatro gols, facilmente, mas pecava e muito nas finalizações. Foi então que, espantosamente, o time rival, em seu primeiro ataque, em um cruzamento do péssimo jogador Emerson Conceição, e com o atacante Luan, de "um metro e meio" ganhando de cabeça na área, ajeitou para o atacante Carlos marcar o primeiro gol da partida. 

E logo na saída de bola, com todos atônitos pelo acontecido, o time do Atlético amplia o placar, para surpresa de todos, pois o massacre sem gols que ocorria antes dos gols, fazia com que ninguém imaginasse o momento. O time do Cruzeiro acordou rápido, diminuiu o placar ainda no primeiro tempo, e a "certeza" da virada estava clara na cabeça de todos, até mesmo na do rival.

Tanto é que logo na volta do intervalo o Cruzeiro impôs um ritmo alucinante, e empatou a partida nos primeiros minutos do segundo tempo. Continuou pressionando, perdeu duas, três, quatro chances claras de gol, bolas na trave, enfim, a bola não queria entrar mais. Gols perdidos na cara do gol, incríveis. Se o placar terminasse 4, 5 ou 6 a 2, seria totalmente natural.

O time do Atlético praticamente não atacava e o empate era um grande resultado para eles, mas foi então que em um cruzamento, no fim da partida, o mesmo Carlos acerta uma cabeçada e dá ao seu time a vitória no clássico.

Foi merecido? Pouco importa. Mas tecnicamente foi merecido sim, pois no futebol, vence a competência, vence quem passa com a bola atrás da linha do gol adversário, o Atlético conseguiu isso três vezes, e o Cruzeiro apenas duas vezes. O Cruzeiro perde para o pior Atlético em clássicos que eu já vi, o time alvinegro em campo pareceu-me um time pequeno que jogava o tempo todo na retranca pra perder de pouco, buscando um sonhado empate e conseguindo uma vitória inacreditável.

Coisas do futebol. 
        

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