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Dizer que o "Golpe" está Justificado é Defender Ladrão


Romero Jucá, principal ministro do Governo Temer, entregou o que era óbvio: todos estão tentando barrar a Lava-Jato. Mas o que isso tem a ver com o Impeachment de Dilma? Nada.

Em uma conversa informal gravada, vazada no dia de ontem (23/05) pelo jornal a Folha de São Paulo, Jucá deixou claro o seguinte: "Temos que barrar a Lava-Jato, ou todos nós iremos cair".

A conversa foi gravada antes do impeachment de Dilma, que chegou a ter seu nome envolvido na conversa. Para isso, o impeachment teria que ser realizado para que Jucá e seus comparsas pudessem operar para tentar lavar suas sujeiras barrando a Lava-Jato. Tudo isso é muito claro. 

Só que:

Não tem nada ver a artimanha dita por Jucá em respeito ao impeachment de Dilma. Eles não precisavam da saída de Dilma para orquestrar o plano, eles precisavam da entrada do governo Temer, isso é completamente diferente. Ele deixou claro que Temer teria que assumir o cargo para possibilitarem essa tentativa de parar a Lava-Jato, mas essa artimanha foi orquestrada após a eminente saída da presidenta. 

A presidenta foi retirada do poder por ter cometido crimes, como as "pedaladas fiscais", apesar de ter outros ainda que poderiam ter sido inseridos ao processo, mas não foram, como: 

— O tribunal superior eleitoral quer a cassação da chapa "Dilma Temer" por suas campanhas, em 2014, terem sido financiadas por dinheiro originado da corrupção da Petrobrás.
—Dilma obstruiu a investigação da Lava Jato nomeando seu amigo/aliado/comparsa Lula para o cargo de Ministro da Casa Civil, para ele não ser, literalmente, preso.
—Dilma e Lula sabiam da corrupção da Petrobrás e Lula comandava o esquema, segundo a delação premiada do ex-Líder do governo, Delcídio Amaral.
— Com isso, caracterizaria diversos crimes, entre eles, formação de quadrilha.

Oficialmente pelas "Pedaladas Fiscais", mas ela foi "impeachmada" devido os motivos acima, que desgastou a população, que reprovou com veemência suas atitudes, que praticamente levaram à quebra financeira do país. 

O plano de Jucá foi baseado em sua eminente saída, pois, se a presidenta estivesse consolidada em seu cargo, nenhum plano tiraria ela do cargo. Ademais, o governo atual ainda é aquele eleito pelo povo, com Temer na presidência, não houve manobra da oposição, e sim, da própria base aliada.

A própria Dilma tentou, como disse, obstruir a justiça quando tentou nomear Lula ministro. O próprio Lula quis articular para barrar a Lava-Jato, em assunto com a presidenta, vazado à imprensa. Todos os lados querem barrar a Lava-Jato, está mais do que óbvio.

Por tanto, Dilma foi impedida do cargo democraticamente pelos crimes que cometeu. Se for comprovado que Temer tenta conspirar para barrar a Lava-Jato (o que parece óbvio), tem que ter o mesmo fim. Por enquanto, defender qualquer um desses governos nesses sentidos, além de burrice, é defender ladrão.

Novas eleições seria o ideal, mas precisa ter motivo constitucional pra isso. Por enquanto, não tem.

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